segunda-feira, 13 de abril de 2009

Referência reforça marca em tempo de mudança

Releitura, revisão, renovação. No tempo do multiculturalismo, qualquer sistema de referência social busca valores sólidos como base. Com a moda não poderia ser diferente. Não bastassem as rápidas mudanças culturais e de comportamento trazidas na cauda da internet, o mundo vive um momento econômico sem precedentes: o questionamento do capitalismo, que é a própria base do sistema da moda, em eterna reinvenção.

Qual é o caminho então para congregar pensamentos e desejos? “A moda não vende mais necessidade, mas desejo. É o que chamamos de branding comercial. As marcas fazem isso, criam valores que dão ao consumidor a certeza da satisfação, mesmo antes da compra”, explica a consultora de moda, Ana Paula Calixto.

Para a diretora responsável pela criação da Moderna, Ana Fajardo, a palavra da vez é referência. “Em um tempo de incertezas, a busca pela certeza faz quem tem história sair na frente”, diz Ana. Isto a Cinta Moderna tem de sobra. A empresa foi a primeira no Brasil a produzir malhas compressivas. E seguiu o bonde da história, trazendo tecnologia de ponta para as peças.

Mas e a crise econômica, pode atingir as criações? “Temos visto saias mais curtas, roupas mais simples, sem as sobreposições de antes. Mas não acredito que isso tenha relação direta com o contexto citado. Concretamente, o que vamos encontrar são criações mais simples, catálogos mais baratos, enfim, uma economia preventiva, muito mais na divulgação, que na roupa em si”, diz Ana Paula.

Ana Fajardo garante que o assunto é ponto pacífico: A Moderna não abre mão da qualidade. “Você vai sempre encontrar, em qualquer peça, um acabamento cuidadoso. Isto também é referência. A cultura da empresa é assim. Desde que começou a fabricar cintas, na década de 20 do século passado, no ateliê da Rua da Constituição, no centro histórico do Rio de Janeiro”, conclui.

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