terça-feira, 10 de novembro de 2009

#Intercon 2009


Pelo sexto ano consecutivo foi realizado em São Paulo, no dia 7 de novembro, o iMaster Intercon, Congresso Internacional de Tecnologia da Informação. Sabendo da importância desse assunto no mundo empresarial, a Ello Comunicação marcou presença e compartilha as impressões de quem esteve lá pela primeira vez.

O Intercon primeiramente surpreende pela quantidade de informações fornecidas em apenas um dia. As palestras têm uma características interessante, são todas curtas e divididas em três ambientes: Business, Tecnologia, Criação e Inovação. Em cada um deles foi possível ouvir nomes de peso falando sobre casos que deram certo, tendências futuras e, principalmente, levando a muitas reflexões sobre o impacto das novas tecnologias da informação nas empresas e na sociedade.

O que trouxemos de bom?
Ambiente Business

Infelizmente, pelo fato de tudo acontecer concomitantemente não foi possível estar presente em todas as palestras, por isso optamos por começar pelo Ambiente Business, que estava sob a curadoria de Gil Giardelli, as explanações ficaram por conta do Marcelo Coutinho,do IBOPE Inteligência, do Carlos Nepomuceno, do Instituto de Inteligência Coletiva, e de Sérgio Amadeu, da Cásper Líbero.

Conclusões das três palestras:
- A sua empresa precisa valorizar a produção de informação e conteúdo, pois os sites mais acessados são aqueles que estão sendo constantemente atualizados. Os mais acessados no mundo são: Google, Yahoo, Facebook e o Youtube.
- Plataformas opensources têm mais adesão.
- A liberdade na internet deve ser valorizada, pois a base da criatividade é a liberdade.
- Inove. É preciso parar de pensar em produzir somente conteúdo, é preciso pensar em protocolos e softwares.
- É preciso acordar para o fato de que tudo que fazemos digitalmente hoje, já existia em outras plataformas. antigamente. Jesus Cristo já Twittava e começou com 12 seguidores (piada feita por Carlos Nepomuceno e aplaudida pelo público).

Ambiente Criação e Inovação
Depois foi a vez de conferir o Ambiente Criação e Inovação, que estava sob a curadoria de Raphael Vasconcellos, da Agência Click, e de Luli Radfahrer, da USP.O local já chamava a atenção pelo formato arena, que tornava tudo mais interessante e fácil de visualizar.


O que ficou muito evidente nas discussões desse ambiente foi a questão da colaboração. Fábio Sasso, do Abeduzeedo e webdesigner respeitado internacionalmente, mostrou como o fato de permitir o download gratuito das suas criações e  mostrar todo o processo criativo do seu trabalho, o ajudou a se firmar no mercado. No final, ainda deixou uma série de dicas que podem ser aproveitadas por todos:

- Não perca muito tempo planejando (reforçou a importância de fazer).
- Faça algo que seja útil para você, com certeza também será útil para outras pessoas.
- Priorize o conteúdo, se for bom ele vai se espalhar.
- Incentive a participação do usuário e importe-se com ele.
- Preste atenção na sua audiência, mas não faça tudo que eles pedem, entenda o comportamente deles.
- Compartilhe seu conhecimento.

Outro ponto que chamou a atenção foi ver conceitos, que antes só eram assuntos do meio acadêmico e que agora estão no mercado. Um deles é a questão das narrativas no ciberespaço, ou seja, maneiras que podemos encontrar de contar histórias pela internet. Quem ficou por conta de nos mostrar isso na prática foi Maurício Mota, da agência Os alquimistas. Hoje devemos explorar ao máximo os recursos digitais para tentar envolver o público e criar novos produtos. 

Outro assunto interessante foi a comunicação pervasiva e a internet das coisas. Você já ouviu falar? Arthur Lima, Daniel Dias e Eduardo Silva explanaram sobre como vamos chegar em um momento em que a internet estará em todo lugar e não só em plataformas como o computador. Para exemplificar eles mostraram o divertido Shit Happens, uma privada que twitta. Tudo isso  evoca a premissa de que serão dispositivos e sensores que nos conectarão ao mundo, tudo ficará online.

Uma outra lição que levamos para casa foi dada por André Monteiro, criador do Compra3, um site que dá descontos progressivos e reembolsa o consumidor. Ele destacou que estamos em um momento de empoderamento do consumidor, não dá mais para fechar os olhos para essa tendência. Esta questão foi muito bem linkada com o assunto abordado por Gilberto Alves Jr., da Amanaiê: Desenvolvimento para Social Media e internacionalização de uma startup.

Para  abordar este assunto foi preciso fazer um importante apontamento: o trabalho mudou. Pela inovação criamos as máquinas. A guerra acelerou as criações, a internet conectou computadores e a web conectou documentos. Entretanto, os usuários estão em busca de experiências que os envolvam e essa tarefa pode ser bem executada pelos aplicativos, que para Gilberto são o futuro na internet
 [ offtopic: o layout dos slides do Gilberto estavam simplesmente maravilhosos ]

Seguindo ainda na linha das mudanças, Rafael Kiso, da Focusnetwork, reforçou a importância das empresas construírem um novo capital estratégico. O cenário que vivemos agora é extramamente dinâmico e incerto e no centro  estão os consumidores, inundados de informações e escolhas. Toda esse excesso traz o sentimento de confusão, frustração e menos satisfação. Então, qual a melhor maneira de resolver esse problema? Rafael Kiso, afirma que a solução está na co-criação, um processo de inovação onde as empresas criam com os consumidores e não para eles. Isso significa entender suas necessidades, expectativas e aspirações para o futuro.

Essas foram apenas algumas das lições que tivemos a oportunidade de trazer para casa, mas sabemos que muitas outras coisas boas rolaram. Aliás, essa foi pergunta que Luli Radfahrer usou para denominar a sua palestra (O que levar para Casa?) e que simplesmente encantou toda a plateia. As questões nos levaram a refletir sobre compromissos e a importância de observar antes de inovar. Vale a pena conferir a palestra dele que está abaixo. 


1 comentários:

Divã do Masini disse...

Parabéns pela copilação. Estou à caça de boas matérias do evento, já que senti falta de conteúdo relevante nas tuítadas do pessoal durante o evento (real time).

Abraços

11 de novembro de 2009 às 11:32