quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Não se comunica quem não quer


Há alguns dias comentávamos sobre como o Orkut deixou de ser interessante para muitas pessoas. Novas ferramentas surgiram e aquele formigamento de querer checar perfis, ver scraps, criar comunidades e deixar depoimentos deixou ser tão intenso. Normal. Em um mundo onde tudo muda tão depressa, essa situação não é de surpreender.

Mas em meio a isso tudo, qual será o futuro da comunicação?

Há alguns meses diversas análises mostravam a situação dos grandes jornais norte-americanos. Diminuição do número de leitores e consequentemente crises financeiras, como a do The New York Times e da mais recente falência da Reader's Digest, nos Estados Unidos. Muitos jornais abriram o conteúdo na Internet, mas uma realidade se abateu: a receita gerada com a publicidade online ainda não é capaz de suprir os custos da produção de conteúdo e uma pergunta paira no ar:

Como fica o valor dos serviços? Chris Anderson, físico e jornalista, lançou recentemente o livro Free: The future of a radical price, no qual afirma que graças ao avanço das tecnologias e à queda dos custos, cada vez mais produtos e serviços serão gratuitos. Rupert Murdoch, presidente e executivo-chefe da News Corporation tem uma opinião diferente. Para ele dentro de alguns anos todos terão que pagar para acessar o conteúdo digital. Será?


E o Brasil? Até o ano passado os grandes veículos impressos comemoravam os bons números e o aumento na venda de jornais. Mas parece que a dura realidade já começa a bater nessas portas também. No primeiro semestre deste ano a circulação dos jornais caiu 4,8% no Brasil. Em contrapartida as assinaturas online cresceram 12,5%.

E a comunicação empresarial vai mudar? Se o consumidor mudou, muda-se também a forma de diálogo com esse público. É preciso estar atento a grande quantidade de informação que um público recebe e ao que ele é capaz de reter. Atenção é um valor que agora tem uma importância muito maior do que já se pôde imaginar. Os profissionais que souberem acompanhar todas essas mudanças poderão trazer grandes benefícios para empresas e clientes, pois a cada dia os recursos estão mais acessíveis e à disposição: Só não se comunica quem não quer!

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